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Quanto custa a viagem de trem do Globo Repórter pelo Japão?


Quem assistiu ao Globo Repórter da última sexta-feira ficou surpreso com a viagem que a equipe do repórter Márcio Gomes fez pela Terra do Sol Nascente. Teve de tudo: gastronomia, aventura, contemplação, tradição, curas. Curioso como os repórteres e os espectadores do programa, o Tabiji disseca esta viagem e faz uma série com dicas imperdíveis para você que ficou louco para vir ao Japão.

Onde foi o repórter Márcio Gomes? O que comeu? Quanto gastou? Essas e outras perguntas começam a ser respondidas, aqui, agora mesmo no Tabiji.

Primeira parada: Beppu, a cidade da cura Beppu fica na província de Oita, na ilha de Kyushu, a mais ao sul das quatro ilhas maiores que formam o arquipélago japonês. Considerando que você queira começar a viagem por aqui, a melhor opção é aterrizar em solo japonês no Aeroporto Internacional de Kansai, que fica na província de Osaka. De posse do JR Pass, embarque no trem expresso do aeroporto até a estação de Shin-Osaka. Lá, tome o trem-bala Shinkansen da linha Sanyo até Kokura, onde você fará baldeação para um outro trem expresso até Beppu. Não pense em menos de 5 horas e meia para a jornada. Chegando em Beppu, você vai querer se hospedar num ryokan, uma pousada tradicional japonesa, com um bom banho de águas termais. Usando como referência o site Trip Advisor, o ryokan com melhor avaliação na cidade é o Shiosai no Yado Seikai, cuja diária mais em conta para o mês de junho é de ¥34.560, sem refeições incluídas. Para aproveitar bem todas as atrações apresentadas no programa, o ideal é ficar pelo menos 2 noites na cidade. Guarde, portanto, ¥69.120 para a hospedagem.

Beppu tem a histórica reputação dentre os japoneses de ser o local a procurar quando se está buscando mais saúde e bem-estar. Atualmente, boa parte do turismo na cidade está relacionado ao uso terapêutico das águas termais. Os banhos nas águas de Beppu seriam eficazes no tratamento de diversos problemas ósseos e musculares. Além disso, uma pesquisa indica que beber, em pequenas quantidades, algumas das diversas variedades de águas termais do local traz efeitos positivos no tratamento de doenças do aparelho digestivo.

Os infernos de Beppu

Localizado numa das áreas mais afetadas pelos efeitos da atividade tectônica no Japão, Beppu tem uma paisagem que impressiona. Ralos fumegam pelas ruas da cidade que é cheia de fontes de águas termais pelando a uma temperatura de mais de 80 graus. Não é à toa que os caldeirões formados por essas fontes são chamados de “infernos” na língua local. São sete os infernos de Beppu, cada um com características próprias.

O "Lago Vermelho" do Umi Jigoku, um dos infernos de Beppu

O "Lago Vermelho" do Umi Jigoku, um dos infernos de Beppu

(imagem: Umi Jigoku/divulgação)

A entrada em cada um deles custa ¥700 mas é possível visitar todos com um tíquete promocional que custa ¥2.000. O programa mostra também que um dos infernos — o Chinoike, ou seja, “lago de sangue” — produz uma pomada que é indicada para o tratamento de doenças de pele e hemorróidas. Se você quiser levar para casa esse remédio saído do inferno, se prepare para desembolsar ¥1.400 por embalagem com 22 gramas do produto.

Sempre sério, Márcio Gomes arrancou gargalhadas dos telespectadores ao ser enterrado num banho de areia em Shoningahama, uma das praias da localidade. O “banho” que apavorou o repórter teria o poder de combater o cansaço através da pressão e da temperatura da areia (cerca de 50º centígrados). Aparentemente, ele não saiu convencido da eficácia do “banho” mas deve ter ficado ¥1.030 mais pobre.

Outro banho exótico testado na reportagem foi o de lama, que é oferecido pelo Hoyo Land Onsen. O repórter entrou como veio ao mundo na piscina de lama que, segundo o site do estabelecimento, faz bem à pele e combate a disfunção erétil. A visita ao local, com acesso a esse e mais uma série de outros banhos, sai por módicos ¥1.100.

Repórter durante o banho de lama (frame do programa Globo Repórter)

Saudável até no prato

Como saúde pouca é bobagem, as atividades termais de Beppu também trazem saúde para a gastronomia local. A cidade administra uma espécie de cozinha onde é possível usar as águas e vapores para preparar comida. É preciso pagar uma taxa para cozinhar no local que varia de acordo com o forno que é utilizado. Neste caso, coloque aí ¥820 para o uso do forno grande por 30 minutos, tempo suficiente para a cocção dos alimentos oferecidos.

Como não é possível fazer reserva e o tempo de espera costuma ser de até 2 horas em dias movimentados, muitos visitantes aproveitam para comprar comida em supermercados e quitandas próximas. Mas, se você é daqueles que não sabe diferenciar o sal do açúcar num mercado japonês, pode achar mais prático adquirir os combos com frutos do mar e vegetais oferecidos na cozinha. Neste caso, contabilize mais ¥2.500 para sair muito bem alimentado. O repórter aprovou não somente o método de cocção como, também, o sabor das comidas feitas no vapor termal.

Relaxados, curados e bem alimentados, embarcamos no trem expresso de volta para Kokura, no norte da ilha de Kyushu. Aqui, embarcamos novamente no trem-bala Shinkansen. Após quase 3 horas de viagem chegamos no nosso próximo destino: Hiroshima.

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